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Bom fim-de-semana!

08-02-2013 00:00

Hoje o artigo é da autoria da noiva. Dou-lhe o nome de: “Primeiro a humildade.”

06-02-2013 00:00

 

O artigo de hoje é retirado ipsis verbis de um post colocado ontem pela minha fianceé no Facebook. Deixo as conclusões para cada um. Vamos a isso!

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"Se há coisa que me irrita, são pessoas que se levam a sério demais (aprendi esta com a Bárbara). E é verdade: tem de se ter muito cuidado quando começa uma conversa sobre quem somos e o que fazemos nesta vidinha. Se há coisa que me encanita são portugueses pouco humildes que acham que ainda estão na época dos descobrimentos e que vão desbravar o mundo e ensinar o que é ser civilizado ou católico ou o raio que o parta. 

Amiguinhos: os portugueses não são melhores que ninguém!! Existe aí muito boa gente que acha que os grandes senhores de negócios no Brasil são portugueses. Que os bons empresários são portugueses. Ainda hoje ouvi que os bons restaurantes em São Paulo eram...de portugueses! Mas está tudo tontinho ou quê?? De facto, santo de casa não faz milagre. Quando estamos na nossa pátria é tudo uma porcaria e só cheira mal, quando vamos lá para fora já somos os reis do mundo!! Mas que fenómeno é este? Porque é que não enfiam o barrete e tentam primeiro arrumar a casa, fazer as coisas direitinho, ter brio e, depois de tudo isso, ter a humildade de perceber que ainda temos muito a aprender? 

Eu tenho vergonha! Tenho vergonha de estar fora do meu país e de saber de portugueses, cá fora também, que só se dão com portugueses e que ainda criticam cultura e mentalidade alheia só porque não é igual à sua. Isso sim é pequenez! É muito pouco diferente de só nos querermos dar com gente dos mesmos “extratos sociais”, das “famílias de bem” ou de pessoas que pensam da mesma maneira que nós e têm a mesma opinião em tudo. Ter opinião diferente é bom, faz bem à cabeça, areja as ideias! Lidar com pessoas que acreditam piamente em coisas que nós achamos absurdas faz nos considerar e relativizar as nossas verdades! E isso sempre me fez muito bem! 

Não venham a achar que somos os melhores. Não venham para ensinar os outros. Não venham porque no vosso país é tudo “uma cambada de chulos”. Acima de tudo, não venham dizer que o nosso país é mau, mas que os portugueses cá fora são os melhores! Ouçam-se a vocês mesmos. Se vierem, venham com a humildade de quem se tem de adaptar a um país e uma cultura novas, venham com vontade de aprender, venham para ver as diferenças e no que somos bons e no que podemos melhorar, venham para beber do que de bom existe cá fora para poder levar para os nossos as coisas boas e a saudade das coisas ainda melhores que temos! E dêm valor. Eu dou."

Até amanhã!

P.S: Faltam 2 meses…

As melhores ideias de negócio em 2012 ao seu dispor.

05-02-2013 00:00

 

Está à procura de uma nova ideia de negócio, mas não consegue pensar em nada de verdadeiro sucesso? Só tem ideias que implicam investimento elevado? Não sabe como começar uma ideia? Sabe que tem um talento, mas não tem ideia de como utilizá-lo para criar um negócio e, assim, rentabilizá-lo? Gostaria de começar um pequeno negócio próprio de baixo risco e reduzido (ou sem) investimento? Já tem tudo definido, mas precisa de uma ajuda para saber como começar e avaliar os prós e contras?

Acabaram-se as desculpas. Ao clicar aqui tenha acesso a um conjunto de pequenos negócios que pode começar já amanhã. Para isso só precisa do talento ou, caso não o tenha, investir (mais tempo do que dinheiro) para realizar o projeto.  São cerca de 50 ideias divididas em 5 categorias: low-cost, home-based, green, technology-related e pet-related.

Bem-vindo ao mundo encantado das ideias onde não há reis, nem princesas, nem dragões!

Até amanhã!

Empreendedores solidários? Sim, também existem.

04-02-2013 00:00

 

Hoje, através de uma entrevista realizada pelo Projeto essejota (www.essejota.net) dou a conhecer dois projetos de jovens empreendedores.

João e Tomás são dois dos muitos empreendedores solidários que o nosso país tem. Sim, é verdade. Existem empreendedores solidários que, mesmo num tempo de crise, ainda respondem sem medos à questão “porque não?”.

Poderia estar aqui a descrever o projeto e o que eles disseram na entrevista, no entanto, creio que as suas palavras e a forma como o dizem nos permitem perceber de uma forma verdadeira “porque é que se persegue uma ideia deste tipo”. Vejam a entrevista aqui (apenas 7 minutos).

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O projeto essejota, para quem não conhece, está ligado à Companhia de Jesus e conta com a colaboração não apenas de jesuítas, mas também de amigos que, unidos pela mesma forma de estarem na Igreja e no mundo, partilham neste espaço as suas experiências.

O essejota é orientado segundo o grande eixo de espiritualidade inaciana: “Encontrar Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus”.

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Termino com uma frase do João: “criar uma coisa é mesmo fácil e que a maior parte dos entraves que colocamos a nós próprios são entraves que não existem e podem ser muito facilmente ultrapassados (…) nós podemos ajudar com muito pouco”.

Até amanhã!

 

Bom fim-de-semana!

01-02-2013 00:00

Real Madrid vs Barcelona. Líderes dentro e fora do campo.

30-01-2013 00:00

 

Hoje às 20 horas joga-se mais um clássico espanhol entre Real Madrid e Barcelona. O mundo vai parar para ver estes dois colossos do futebol mundial onde estão 10 dos 11 jogadores da seleção ‘2012’ da FIFA (só Falcão ainda não joga num destes clubes). De entre estes 10 jogadores estão os dois melhores jogadores do mundo: Cristiano Ronaldo e Messi. A qualidade e números (golos, resultados, tik-tak, entre outros) são avassaladores e indiciam que teremos um grande espetáculo dentro das 4 linhas.

Mas e fora de campo? A qualidade (da gestão), resultados e números destes clubes também estão entre os melhores do mundo? Os dados falam por si.

Segundo dados do estudo da Deloitte “Football Money League 2013” o Real Madrid é o clube com maior número de receitas no mundo com 512.6 milhões de euros. O Barcelona surge na segunda posição com 483 milhões de euros. A título de curiosidade o Benfica é o 22º clube com um valor de 111,1 milhões de euros (aproximadamente 1/5 do Real Madrid).

A equipa de Cristiano Ronaldo tem como maior fonte de receita os direitos televisivos com 199.2 milhões de euros (39% do total das suas receitas). Nesta matéria a equipa de Messi apresenta um valor de 179.8 milhões de euros (37% das suas receitas).

Já o clube catalão tem na área comercial e marketing a sua maior fonte de receita com um valor de 186.9 milhões de Euros (39% das receitas). O clube da capital espanhola apresenta um resultado superior em apenas 0.3 milhões de euros – 187.2 (36% das receitas).

Em termos de Matchday (bilheteira, season ticket, camarotes, etc) o peso nas receitas é semelhante entre os clubes – 24% para Barcelona e 25% Real Madrid. No entanto, e mesmo com 20 mil lugares a menos, o Santiago Barnabéu, com um valor de 126.2 milhões de euros, gera mais 9.9 milhões do que o Camp Nou (116.3 milhões euros).

Segundo Amir Somoggi, especialista brasileiro em marketing desportivo, 1 euro em cada 1.000 euros produzidos em Espanha já é realizado pela dupla Real e Barça. Um número impressionante!

Por fim, gostaria de deixar dois apontamentos:

-  O Real Madrid foi o primeiro clube do mundo a conseguir um total de receitas superior a 500 milhões de euros.

- O museu do Barcelona é (ou era pelo menos em 2011) o terceiro mais visto em Espanha, sendo apenas ultrapassado pelos Museus Rainha Sofia e Prado. Em 2011, com um preço de 22€, 1.6 milhões de pessoas compraram um bilhete para o “Camp Nou Experience” (nome para bilhete de visita ao museu).

Que ganhe o melhor. Dentro e fora do campo.

Até amanhã!

Reter ou Aderir? Eis a questão.

29-01-2013 00:00

 

Nos últimos anos temos assistido a uma constante alteração e inovação dos adjetivos que são mais usados para descrever uma empresa, uma pessoa ou candidatar-nos a uma vaga de emprego.

Se navegarmos hoje por vários sites de empresas vamos ver uma missão, visão e valores idênticos na sua grande maioria. Palavras-chave como inovação, qualidade, trabalho em equipa, integridade, honestidade, entre outras são usadas, sem grande diferenciação, pela maioria das empresas. Até aqui tudo bem. Se são os seus valores não há nada a criticar.

Se virmos os anúncios de emprego das empresas reparamos que o perfil solicitado do candidato, em termos de caraterísticas pessoais, também apresenta sempre os mesmos chavões. Hoje são eles: resiliência (wow!), espírito de equipa, liderança, analítico, organizado, resistente ao stress (wow again!), capacidade de trabalho, entre outros. Até aqui tudo bem. Se é isto que todos procuram nós respondemos com esse perfil.

No entanto, é na mensagem e comunicação que a maioria das empresas falha. É assim no processo de venda. É assim na relação com o cliente. É assim quando se trata de recrutar talentos.

Já alguma vez as empresas e, nomeadamente, a área ou consultora de recursos humanos pensou em alterar o seu modo de comunicar? “Reter talentos?” Já ninguém quer ser retido. As gerações Y e Z querem aderir à empresa por aquilo que ela representa para elas e não porque querem um trabalho. As pessoas são seduzidas e apaixonadas. Aderem de corpo e alma às causas (as empresas estão incluídas) nas quais acreditam e se podem comprometer, contribuir, lutar e se dedicar.

Talvez por isso as pessoas sonhem em colaborar apenas em algumas empresas. Talvez a grande maioria das empresas portuguesas, por sua culpa, têm apenas trabalhadores nas suas estruturas. Talvez por isso o maior problema das empresas seja interno. Talvez, por isso, grandes multinacionais estão a deixar de reter as pessoas nos escritórios e deixá-las colaborar no espaço em que possam ser mais produtivas para a empresa. Talvez seja essa a razão do “co” (coworking, por exemplo) ser um sucesso.

As pessoas já não querem trabalhar, mas sim colaborar. Tal como clientes não querem comprar mas sim ter uma experiência de compra.

Chegou o momento das empresas valorizarem o seu maior recurso: o capital humano.

Até amanhã!

A questão é ‘porquê’ e não ‘o quê’

28-01-2013 00:00

 

A questão é ‘porquê’ e não o “o quê”. Uma simples diferença no modo de nos questionarmos e pensarmos pode levar-nos ao verdadeiro sucesso.

Começamos esta semana com uma das minhas palestras preferidas do TED - How great leaders inspire action (ver o vídeo aqui).

“As pessoas não compram o que fazemos, mas sim a razão por que o fazemos.” (Simon Sinek)

Até amanhã!

Bom fim-de-seamana!

25-01-2013 00:00

Será possível que o futebol volte a ser um programa de família?

24-01-2013 00:00

 

Se por um lado o número de mulheres presente nos estádios está a aumentar, por outro o número de crianças tem vindo a diminuir. É caso para perguntar: mas as mães agora vão ao futebol e deixam os filhos em casa? Sim, na sua maioria, é verdade. Mas não é só uma maior presença das mães no estádio que justifica este crescimento feminino. Também existem cada vez mais mulheres adolescentes a apoiar o seu clube.

Mas será que os clubes estão a aproveitar esta tendência de “emancipação” da mulher para atrair mais famílias ao seu estádio? Não. A maioria, não.

Antes de pensarem em tomar qualquer medida será conveniente perceber as razões que estão a levar a este afastamento. Sabendo que as crianças não têm autonomia nem poder de decisão para irem assistir aos jogos sozinhas deve ser com os “encarregados de educação” com quem se deve comunicar. Assim, se questionarmos os pais sobre este assunto rapidamente percebemos que a principal razão prende-se com o nível de (in)segurança nos estádio. Muitos irão mais longe e dirão que enquanto existirem claques não poderão levar as crianças consigo.

Quanto a este tema eu defendo que há espaço para todos. Sim, há espaço para claques, crianças, famílias, mulheres, pessoas com problemas de mobilidade, entre outros.

Eu vou mais longe. Acredito mesmo que as claques são figura importante do espetáculo. São fundamentais no apoio à equipa, mas também para melhorar a experiência  que se tem ao assistir a um jogo de futebol.  São também os adeptos mais fiéis.  Aqueles que estão em todo o lado faça sol ou chuva. No entanto, eu não compactuo com o tipo de claques que existem hoje em dia. Não defendo as claques que deixaram de ter como objetivo central apoiar o clube para darem prioridade a negócios ilícitos e ilegais, escondidos atrás de marcas com anos de história. Ao invés, apoio todo o tipo de claques que têm como único objetivo apoiar o clube que os une.

Para inverter esta situação os clubes têm de dizer BASTA. Quem está mandatado para dirigir deverá também ter como seu principal objetivo defender os interesses do clube. Neste caso, cabe aos clubes reverem o apoio que dão a este tipo de movimentos e criar um regulamento interno. Caso seja cumprido há apoio; caso contrário, não. 

Mas também não nos podemos justificar apenas com as claques. É possível adoptar outras estratégias capazes de alterar esta queda do número de famílias no estádio.

Se eu perguntasse agora:  qual o país caraterizado por ter um grande número de hooligans? Certamente que muitos responderiam o Reino Unido. Eu também.

Então e seu disser que clubes ingleses como, por exemplo, o Manchester City já criaram um produto exclusivo - Family Stand - para crianças com o objetivo de levar as famílias de volta ao estádio? (quando ainda estava no Sporting lancei esta ideia, mas a minha voz ainda soava baixo...)

O Family Stand, como é denominado em Manchester, é um setor da bancada com capacidade para 8.000 pessoas e para onde os adultos apenas podem comprar bilhetes se estiverem acompanhados por menores de 16 anos. No caso do Tottenham, outro clube britânico, está mesmo escrito, na parta de trás das cadeiras, a seguinte frase: “Mind your language”.

Ter uma área deste género ajuda a restringir palavrões e permite que os pais (ou avós!) se sintam mais seguros a levar as crianças ao templo. 

Se pensarmos em termos estratégicos de marketing esta bancada acaba por atrair um maior número de marcas que têm como público-alvo o segmento júnior. Neste sentido, estas bancadas passam a contemplar produtos e serviços direcionados para crianças e adultos.

Se quisermos ir ainda mais longe, podemos concluir que o clube tem aqui uma excelente oportunidade de segmentar a comunicação para os seus fãs de amanhã. Serão estes os seus futuros consumidores. Serão estes que mais tarde irão passar este “testemunho” aos seus filhos.

Se em Inglaterra conseguiram, nós não conseguimos? Ou não temos interesse?
Queremos as famílias de volta ao futebol!

Até amanhã!

P.S: De notar que neste artigo não considerei a variável 'qualidade do futebol praticado'. Obviamente que este é um fator que também influencia o nível de assistências médio num estádio. Porém, este não é identificado pelos fãs como a razão para deixarem os filhos a ver o jogo no sofá.

 

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