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A decisão agora é nossa.

16-05-2013 00:00

O crescimento acelerado do consumo e tempo dispendido na internet e redes sociais tem vindo a provocar uma transformação interessante na forma de as empresas comunicarem.

A forma de comunicação antiga era assente na publicidade e os canais utilizados consistiam na televisão ou em anúncios de página nas revistas. Até aqui as empresas basicamente desenvolviam uma campanha e nós consumidores, sem alternativa, acabávamos por ter de vê-la, quer fosse boa ou má.

Posteriormente, e com o surgimento da internet, as empresas decidiram replicar aquilo que já faziam nos meios tradicionais neste novo canal. Tudo isto sem grande estratégia, pois o conhecimento sobre o mundo web ainda era reduzido.

Passo a passo, ano após ano, esta pirâmide tem vindo a inverter-se. Hoje o plano de comunicação desenhado pelas empresas devia ser desenhado tendo por base, em primeiro lugar, a internet e mídia espontânea e depois, quem sabe, ser replicado por um anúncio de 30 segundos na TV ou numa página num jornal ou revista, dependendo do público-alvo, claro.

 Neste sentido, a aposta numa comunicação viral tem vindo a ganhar cada vez mais importância. São muitas as empresas que já se aperceberam destas alterações, mas poucas as que efetivamente colocaram um plano em prática.

No meu entender, um dos casos de maior sucesso é a Heineken com virais ligados à Liga dos Campeões, competição europeia da qual é patrocinadora oficial.  Clicar aqui para ver o último.

Hoje o investimento tem de ser mais em pessoas, que saibam utilizar os meios à disposição e que desenvolvam uma campanha focada em pessoas. Sim, porque nós (as pessoas) só vamos partilhar o que realmente for importante, interessante e mexer com os nossos sentimentos.

Termino com uma campanha brilhante da Buddy. Junta três coisas que de melhor há no mundo hoje e que são fundamentais para todos: amigos, internet e, claro, cerveja. Ver aqui.

Vai um brinde?

Até amanhã!

Descoberto o homem mais forte e inteligente do mundo.

15-05-2013 00:00

Chess Boxing é um desafio para o corpo e mente humana. Com o slogan “O homem mais forte e inteligente do planeta” este desporto nascido em 1992 já é praticado em grandes países de onde se destaca a Grã-Bretanha. Parece que por terras de sua Majestade existem verdadeiros aficionados.

Foquemos no jogo. No chess boxing existem duas maneiras de vencer: por K.O. ou xeque-mate. O combate tem 11 assaltos: 6 de xadrez de 4 minutos cada e 5 de boxe com 3 minutos cada.

Num dos vários artigos sobre este duelo que mistura raciocínio e força encontrei esta explicação dada por um especialista da matéria: “o boxe e xadrez têm muito em comum, uma vez que o conceito do combate é o mesmo. O boxe é basicamente proteção e ataque; o xadrez é exatamente a mesma coisa: proteção e ataque. A única diferença consiste no local onde as batalhas são travadas”. Palavras sábias de Reinaldo Cabrera.

Gosto desta simplicidade com que o Reinaldo Cabrera descreveu o Chess Boxing. Deixo aqui um vídeo para cada um tirar as suas elações. Para ver clicar aqui.

Até amanhã!

O preço é malandro e influencia as nossas escolhas.

14-05-2013 00:00

Há muito tempo que uma das estratégias de pricing mais usadas pelas marcas passa pelo famoso US$3,99 em vez de $4, por exemplo. É uma estratégia que, na minha opinião, ainda hoje resulta principalmente em preços de grande dimensão.

No entanto, o neuromarketing diz-nos que existem outros “truques” para atrair e influenciar a decisão do consumidor.

No caso especificamente dos preços “a simplificação é a melhor maneira de atrair a atenção do consumidor” afirma Pedro Camargo, um dos pioneiros do estudo do neuromarketing no Brasil. Uma das formas de simplificar é simplesmente tirar símbolos e letras dos números. Segundo o mesmo autor o produto tenderá a parecer mais caro se escrever 39 dólares ou US$39, em vez de apenas 39.

Outra maneira de influenciar a mente do consumidor é criar o chamado “preço de referência”. Neste caso a empresa lança um produto de uma determinada categoria a US$10 e, simultaneamente, coloca no mercado outros dois itens onde um custa US$15 e outro $8, por exemplo. Na hora de escolher entre as opções o consumidor tenderá a evitar comprar o mais caro por causa do preço e também o mais barato por poder estar associado a pior qualidade. No final o consumidor pensa que fez uma escolha racional, mas apenas está a fazer aquilo que está programado pelo mercado.

No final é melhor mantermos um “olho no burro e outro no cigano”.

Até amanhã!

Bom fim-de-semana!

10-05-2013 00:00

O jogo que tem como prémio...o peso da mulher em cerveja.

09-05-2013 00:00

Quer colocar o seu casamento ou namoro à prova? Então participe no delirante jogo:  Wife Carrying. Este magnífico desporto, que teve início na Finlândia, consiste numa corrida de obstáculos, na qual os homens têm de carregar consigo as suas mulheres. O objetivo é simples: ser o primeiro a cortar a meta.

Agora a grande questão é: levar uma parceira de equipa que seja um “peso pesado” para ganhar mais cerveja ou uma “pena” para ser o primeiro a cortar a meta? É tudo uma questão de estratégia...Mas, mais importante do que isso, é ter a agilidade suficiente para ultrapassar os obstáculos e definir a melhor maneira de carregar o valioso "prémio”.

Estou certo que se este jogo fosse realizado em Abrantes existiram vários concorrentes e que a maioria deles procuraria levar consigo um peso pesado. Há muita sede por aquelas bandas...

Clique aqui para ver uma pequena peça sobre esta surpreendente competição.

Até amanhã!

P.S: Para além do Chesse Rolling e Wife Carrying ainda existem mais alguns desportos delirantes pelo mundo que valem a pena partilhar. No final acho que estamos em condição de realizarmos um tour.

O lado “negro” da tecnologia: Juntos, mas sozinhos.

07-05-2013 00:00

A impossibilidade de editarmos e apagarmos aquilo que sentimos e dizemos quando estamos frente a frente com alguém é sem dúvida um dos nossos maiores problemas atuais, nomeadamente as novas gerações que nasceram a editar, copiar, colar e apagar.

Como em tudo na vida, as consequências de uma mudança e inovação tecnológica podem ser muito boas ou muito más, dependendo da forma como as usamos. Hoje, tecnologia e relações humanas são inversamente proporcionais, isto é, se aumento de um lado do outro diminui. A questão é: onde está o ponto de equilíbrio para nos sentirmos Juntos, mas não sozinhos? E para nos sentirmos sozinhos, mas não juntos?

A necessidade constante de partilhar e de mostrar apenas os momentos de felicidade, sucesso ou auto-realização são a verdadeira imagem do queremos passar. Isto é possível nas redes sociais, sms, e-mail ou outro onde podemos editar. No entanto, não o é possível cara a cara, pois, neste caso, os sentimentos são verdadeiros e espontâneos. Esta procura do ponto de equilibro tem um grande impacto no aprofundamento das nossas relações.

Óbvio que ninguém pede para deixarmos de usar a tecnologia, mas sim, como em tudo, a usarmos “quanto baste”. E ninguém diz que a tecnologia, redes sociais ou mais propriamente, no meu caso, o skype não são ferramentas fundamentais para manter o relacionamento com aqueles que estão perto e longe.

Porém, há momentos que serão sempre diferentes como beber uma cerveja com amigos ou ter uma conversa por Skype, aparecer para dar um abraço de parabéns ou enviar um sms, ligar para marcar uma reunião ou simplesmente enviar um e-mail.

Deixemos as máscaras e avatars para mostrarmos quem somos verdadeiramente. Procuremos aproveitar os momentos em que estamos sozinhos para pensar: procuremos aproveitar os jantares com amigos deixando de lado o que se passa à nossa volta: procuremos estar concentrados numa reunião e ouvir efetivamente o que o nosso interlocutor tem para dizer ao invés de pensar nos e-mails que tenho para responder. Procuremos, como li numa entrevista de Isabel Jonet ao Jornal i, voltar a fazer “as coisas com brio”.

Esta é uma mensagem para mim e para todos aqueles que não se sentem no ponto de equilibro entre tecnologia e relações humanas.
Este artigo é um aviso para os Pais que deixam os seus filhos viverem um mundo com cada vez menos relações humanas.

Vivamos Juntos, mas não sós.

Até amanhã!

A camisa eterna do Flamengo. Um amor para sempre.

06-05-2013 00:00

“Um contrato esportivo termina. Mas o amor não tem fim”. Este é o claim da campanha desenvolvida pela Olympikus, marca desportiva e patrocinadora oficial dos equipamentos do Flamengo durante os últimos quatro anos.

Esta é sem dúvida uma das melhores campanhas a que eu já assisti na indústria do desporto. A Olympikus, uma vez “perdido” o patrocínio para a Adidas, decidiu realizar um filme de despedida do Flamengo e seus adeptos. Com o objetivo claro de, por um lado, demonstrar a sua paixão pelo Clube e, por outro, passar uma mensagem de qualidade dos seus produtos, a Olympikus recorreu a fatores de relacionamento, emoção e orgulho (paixão pelo clube) e a exemplos de durabilidade e resistência (qualidade dos produtos).

A marca poderia morrer no esquecimento do torcedor carioca. No entanto, com esta jogada brilhante, conseguiu não só passar uma mensagem de “Uma vez Flamengo. Flamengo Sempre.”, mas também colocar “pressão” na sua concorrente Adidas.

Para ver o vídeo da campanha clique aqui.

“Um contrato esportivo termina. Mas o amor não tem fim.”

Até amanhã!

Bom fim-de-semana!

03-05-2013 00:00

Cheese Rolling: um desporto de partir os ossos a rir.

02-05-2013 00:00

Hoje começo uma nova rubrica dentro da área de marketing desportivo. Apresento alguns dos desportos mais estranhos do mundo. Acreditem que são vários.

A minha primeira escolha incide sobre o Cheese Rolling (Corrida de Queijo, em português). Este magnífico e perigoso desporto realiza-se uma vez por ano em Cooper´s Hill, na Inglaterra. Não tem muitas regras. De uma forma resumida e objetiva em cada jogo de Cheese Rolling é lançado, primeiramente, um queijo redondo do topo de uma colina. Posteriormente, e uma vez dado o sinal de partida, os participantes podem começar a descer a colina em alta velocidade com o objetivo de apanhar o queijo. Como o queijo parte com avanço (que batota, hein?), e raramente alguém consegue apanhá-lo, ganha aquele que conseguir chegar primeiro à meta.

Agora perguntam: “E qual o prémio?”. Nada mais nada menos do que...o próprio do queijo.

Hoje, qualquer pessoa pode participar deste jogo desde que esteja disposta a partir alguns ossos. Mas não se preocupe, uma vez que em todos os eventos existem equipas médicas preparadas para socorrer os tradicionais lesionados.

Mas falando de Marketing Desportivo, alguém está disposto a criar um projeto Corrida de Queijo em Portugal para irmos apresentar a uma marca de queijos? Podemos até fazer uma competição de Inverno na Serra da Estrela. Se alguém estiver nessa, vamos a isso!

Despeço-me com um vídeo de partir os ossos a rir. Clique aqui.

Até amanhã!

P.S: Acho que é de começar a marcar a viagem.

O mundo está vulnerável e disposto a aceitar mudanças.

30-04-2013 00:00

Há quem defenda que os momentos de crise trazem com eles novas oportunidades. Eu faço parte do conjunto de pessoas que concorda com esta afirmação. Atenção que não estou a falar dos impactos negativos, oriundos de um tempo de crise, que são sentidos na sociedade (portuguesa) e no mundo, mas sim dos que podem ser teoricamente positivos.

Se pensarmos que é exatamente nesta fase negativa que estamos mais vulneráveis, dispostos a mudar e a experimentar coisas novas então existem claramente uma série de oportunidades em aberto e à disposição de quem as quiser “agarrar”. Estas oportunidades não são apenas de negócio, mas também de alteração de hábitos, comportamentos e até de religião.

Neste mundo de oportunidades existem sempre os early adopters, isto é, aqueles que são os primeiros a “dar corda aos sapatos” para agarrar as oportunidades ou criar um movimento de mudança. É neste último que me foco agora.

O mundo de hoje está claramente em crise e disposto a aceitar mudanças. Esta é uma oportunidade única. Vejo isso em vários setores como: política, economia, desporto, mercado de trabalho, hierarquia de necessidades das pessoas, entre outros.  No entanto, o meu medo prende-se com a vulnerabilidade a que o mundo está sujeito e à possibilidade de os early adopters serem agentes de mudança...pela negativa.   Portanto, vamos ser nós, que procuramos o bem maior, a assumir arregaçar as mangas e tomar este comportamento early.

Até amanhã!

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