O preço é malandro e influencia as nossas escolhas.

14-05-2013 00:00

Há muito tempo que uma das estratégias de pricing mais usadas pelas marcas passa pelo famoso US$3,99 em vez de $4, por exemplo. É uma estratégia que, na minha opinião, ainda hoje resulta principalmente em preços de grande dimensão.

No entanto, o neuromarketing diz-nos que existem outros “truques” para atrair e influenciar a decisão do consumidor.

No caso especificamente dos preços “a simplificação é a melhor maneira de atrair a atenção do consumidor” afirma Pedro Camargo, um dos pioneiros do estudo do neuromarketing no Brasil. Uma das formas de simplificar é simplesmente tirar símbolos e letras dos números. Segundo o mesmo autor o produto tenderá a parecer mais caro se escrever 39 dólares ou US$39, em vez de apenas 39.

Outra maneira de influenciar a mente do consumidor é criar o chamado “preço de referência”. Neste caso a empresa lança um produto de uma determinada categoria a US$10 e, simultaneamente, coloca no mercado outros dois itens onde um custa US$15 e outro $8, por exemplo. Na hora de escolher entre as opções o consumidor tenderá a evitar comprar o mais caro por causa do preço e também o mais barato por poder estar associado a pior qualidade. No final o consumidor pensa que fez uma escolha racional, mas apenas está a fazer aquilo que está programado pelo mercado.

No final é melhor mantermos um “olho no burro e outro no cigano”.

Até amanhã!