Melhores equipas geram melhores resultados.

26-02-2013 00:00

 

Há uns artigos atrás referi que uma das caraterísticas-chave da indústria do desporto é a impossibilidade de alterar o “core” do nosso produto. Por “core” entende-se a equipa de futebol, basquetebol, andebol, ou outra, que entra dentro de um campo para ganhar. O que se vai passar dentro daquele campo é impossível de alterar por via da gestão. Serão o talento, a preparação física e mental, a liderança do treinador e os fatores motivacionais (ex: prémio anual) os responsáveis máximos pelo resultado final alcançado. A isto junta-se, de algum modo, o fator sorte.

Há indústrias onde podemos testar um produto antes de o lançar no mercado e assim ter um grau de certeza quanto ao seu sucesso. O neuromarketing, focus group ou um bom departamento de Investigação & Desenvolvimento são alguns exemplos de ferramentas que nos permitem aumentar o grau de sucesso de um produto.

Neste contexto, a única ferramenta que me permite aumentar as possibilidades de ganhar e alcançar os objetivos prende-se diretamente com os recursos humanos e salários. Mais uma vez o “talento humano” é a peça fundamental para alcançar o sucesso. Mais uma vez o dinheiro é a arma mais forte para contratar os melhores talentos. É assim noutras indústrias, é assim no desporto.

Hoje, ganham aqueles que têm mais dinheiro e conseguem contratar os melhores talentos.

Melhores equipas geram melhores resultados.

Até amanhã!

P.S: Segundo um estudo da Deloitte a correlação entre salários relativos e ranking desportivo é de quase 1, ou seja, quase total (R²=0,94). O mesmo é dizer que para a matemática os salários relativos dos jogadores são a variável explicativa para os resultados desportivos.